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Sou uma contadora de histórias. E você? Escreve pra mim! vanebueno7@gmail.com

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Aceitei o desafio!


Sábado estava lá no salão fazendo a minha progressiva e pensando: Como vou fazer para ficar bonita no vestido de madrinha de casamento? Como vou fazer para ficar bem nas fotos do reveillon na praia? O jeito é fechar a boca, tem só mais dois meses. Minhas vozes internas estavam a mil pensando nas possibilidades reais de atingir o objetivo. Foi nessa hora que dei de cara com o desafio de verão da revista Boa Forma. Como toda jornalista que se preze, eu adoro ler revista e aquele dia fui direto na Boa Forma. Como diria a minha amiga Anete, foco no objetivo.

Então é isso, estou bem animada e já tirei as minhas fotos. Nossa essa parte foi difícil, viu. Por quê será que nossa gordura extra acumula só na barriga? Mas vamo que vamo queo verão está chegando. E, pensando bem, só falta eliminar esse peso extra pra ficar de bem com a vida de uma vez por todas. Desde que voltei para Porto Alegre que ando atrás dessa tal paz de espírito. E não é que ela resolveu dar o ar da graça. Oba!

Para quem ficou interessado (a) em saber qual é o desafio clica aí:

http://boaforma.abril.com.br/desafios/desafio-verao/desafio-de-verao-2011.shtml

O primeiro dia até que foi tranquilo. Comi exatamente como manda a dieta, com algumas adaptações de legumes e saladas. Mas creio que tudo certo no final. Tinha o plano de correr pela manã e treinar a noite. Mas não consegui acordar. Então corri na esteira mesmo, intercalando com caminhada, porque é o que consigo por enquanto. Depois fiz o treino de musculação. Difícil viu, mas consegui. Amanhã tem mais. Vou escrever um pouco cada dia. Ajuda a persistir com o objetivo!

domingo, 10 de outubro de 2010

Devaneios

Fico muito indignada e chateada de perceber que existem pessoas perdidas por aí. Digo perdidas sem noção de seu real potencial. Com medo de se expor, de viver. Pessoas que acham que não vão conseguir encontrar alguém melhor para namorar e, por isso, seguem presas àqueles que a fazem sofrer. Pessoas que acham que não vão conseguir um emprego melhor e, por isso, se contentam com baixos salários ao invés de se aventurar no mercado por algo melhor.
Por quê isso acontece hein?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Surpresa

Ainda me surpreendem as minhas reações. Elas não querem mais ficar guardadas lá dentro do peito. Batem, batem, até que a dor seja insuportável e eu as deixe sair. Estou cada vez mais perto de ser eu mesma. Viva!

domingo, 25 de abril de 2010

De repente 30!

Acabo de estrear na idade do não parece. É assim: você diz a idade e imediatamente ouve a afirmação. “Mas não parece”. Ok, muito obrigada. Cheguei aos 30 com carinha de 28. Tá ótimo. Quer dizer, tô ótima. Tinha o sonho, ou plano, já não sei mais, de chegar aos 30 mãe, esposa, rica, gostosa, estudada, com inglês fluente. Cheguei aos 30 feliz! Não é hipocrisia, não. Tô feliz mesmo. Me sinto leve, por vezes adolescente, por outras mulher madura.

Dirigir tem sido um barato. Sim, consegui passar na prova de direção. Aqui vai o meu agradecimento especial a torcida dos amigos. Participar do grupo de amigas solteiras também é divertidíssimo. Um dia alguém nos disse, ou fez pensar, que ter 30 anos significa ser sério, assumir responsabilidades... Descobri que nunca estaremos prontos. Sempre ansiaremos por algo a mais.

Aprendi que não existe idade certa para nada. As pessoas têm seu tempo de amadurecimento. Ignorar isso só nos fará sofrer. Cases de sucesso para uns podem representar fracassos para outros. Minha mãe sempre conta que demorei para falar. Tinha dois anos quando pronunciei a primeira palavra, mas nove meses quando andei pela primeira vez. Quinze anos quando aceitei o primeiro emprego e quase 30 quando passei na prova de direção. Aos 16 perdi a virgindade, aos 24 fui chefe pela primeira vez. Vê, tudo muito relativo.

Aos 28 ansiava por viver. Com medo de não dar conta. Com 29, estava na expectativa de que algo acontecesse. Aos 30 não tenho planos. Tenho algumas premissas. Sei que é jornalista que quero ser. Sei também que minha preferência sexual é por homens. Adoro tomates secos, sagú e camarão. Samba e cinema me divertem. Ler e escrever são essenciais. Amigos e família a parte mais importante. De resto, não tenho certeza de nada.

Não sei se gosto mais de cabelo liso ou cacheado, esmaltes claros ou escuros, gato ou cachorro, comunicação corporativa ou reportagem, Porto Alegre ou São Paulo, corrida ou caminhada. Não sei e não quero saber. Vou testando. Às vezes acerto de primeira, às vezes na quinta tentativa. Outras vezes mudo de idéia. Provo, erro, faço de novo, acerto...

Minha idade varia de acordo com a área da minha vida. A jornalista com certeza é a mais velha de todas as Vanessas que habitam em mim. A amiga passa da puberdade e a amante é jovem, muito jovem. Sigo tentando um equilíbrio coerente entre as partes.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Vale-beleza

Se política eu fosse, lançaria um projeto de lei pelo vale-beleza para as trabalhadoras do Brasil. Alguém, por acaso, já parou para pensar em quanto custa estar apresentável na reunião de segunda-feira com o cliente? Ou na cobertura de um evento? Escova, unhas bem-feitas, terninho, etc e e tal...

No primeiro encontro então, a lista aumenta: cabeleireiro, manicure, perfume, depilação, lingerie, maquiagem, acessórios, salto alto, vestido...
Tá aí, descobri a resposta de por que os homens é que tem que pagar a conta do jantar. Ou será que eles querem dividir as despesas do kit Preparação para o Primeiro Encontro?

Homens não têm ideia do quanto é difícil depilar uma virilha. Já viram algo mais das cavernas do que encher os pêlos de cera quente e puxar com força, e ainda na contramão? E as posições? Ô vida ingrata! No fim da sessão a profissional ainda te dá um espelhinho para conferir se a “querida” está de seu agrado. E o pior, é preciso pagar pela tortura.

Outra questão delicada é a manicure. Se conseguimos uma boa, ela nunca tem horário. Se tem espaço na agenda, te cobra mais. Quer saber de algo que deixa uma trabalhadora triste no fim de semana? Ela ter trabalhado tanto que não conseguiu achar tempo para fazer as unhas. Pode ter certeza que na reunião de segunda-feira ela não estará tão disposta. Se a manicure sai de férias então, ela vai querer sair no mesmo período.

Ser mulher nos dias de hoje é muito difícil, meu bem. Temos que ser gostosas, boas de cama, profissionais, inteligentes e, ainda por cima, ganhar o suficiente para conseguir tudo isso. Tá vendo como o meu projeto é pertinente. Com o vale-beleza seria o fim das mulheres tristes no domingo à noite e do baixo rendimento nas reuniões de segunda-feira.

E mais: seria a alegria das vendedoras de lingeries e maquiagens. Estaríamos contribuindo para o giro da economia. Ocorreria uma redução substancial de primeiros encontros e um aumento no número de casamentos. As manicures sairiam menos de férias. As depiladoras seriam mais cuidadosas. Os empregadores gastariam mais, mas fechariam melhores negócios. As mulheres diminuiriam o uso de antidepressivos, melhorariam seu desempenho profissional e sexual, sorririam mais, seriam mais felizes...

Parece utopia? Tá bom.

Talvez os maridos passassem a olhar menos para a vizinha gostosa.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Volta e vai de novo!

É a primeira vez que eu vejo um personagem do George Clooney se dar mal e terminar mal em um filme. Hahahaha, adorei. Ele, que se acha tão esperto por conseguir manter relações casuais sem se abalar, é enganado por uma mulher casada. E ela nem se arrepende no final. Liga reafirmando que ele é apenas um parênteses em sua vida (no caso do Clooney um parênteses bem interessante) e que, se ele quiser ter bons momentos, ligue para ela. Mas só nesse caso.
Como o Verissimo já havia dito, o Clooney está ótimo em Amor sem Escalas. Ai, mas eu não gostei do fim. Ele se entrega. Entrega-se à vidinha morna das relações casuais. Não! Não pode ser assim. Não vai sofrer mais, mas também não terá emoções intensas. Ah não, não quero. Prefiro morrer chorando a aceitar uma vida morna.
- Volta e vai de novo, ora bolas.
Tenho escutado essa frase há alguns dias. Tudo porque eu não consigo entrar reto na garagem. E lá vai o instrutor a dizer uma, duas, três vezes: -Volta e vai de novo! Vamos combinar que mulher poderia ser dispensada da baliza na prova de direção. Na vida real vai ser algo parecido com isso mesmo. Tá, mas se não tiver alguém para estacionar por mim? E se a única vaga disponível for entre dois carros? Não adianta, tem coisas das quais não podemos fugir a vida inteira. Baliza parece que é uma delas.
O mesmo vale para as decepções amorosas. Eu sei que não é tão simples assim. Às vezes o cérebro bloqueia mesmo. Algo como o instinto de preservação. Daí é só o cara dizer uma frasezinha igual às que aquele sacana do seu primeiro namorado dizia que a coisa desanda. O meu vivia dizendo que amou a fulana, mas que a mim não conseguia amar. Toda vez que alguém me diz que tem dificuldades para se entregar ao amor, isso me vem à cabeça. Ah, qual é. A vida não pode se resumir a uma única tentativa.
- Volta e vai de novo.
Não é assim com os bebês quando estão aprendendo a caminhar?
Como diria o meu instrutor da autoescola: -Se tu estás vendo que pela direita não dá, vira para a esquerda.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O GRITO

Esse texto aí embaixo não é meu, é da Martha Medeiros. Como achei muito bom, reproduzo aqui.

Não sei o que está acontecendo comigo, diz a paciente para o psiquiatra.

Ela sabe.
Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para outro.
Ele sabe.
Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio.
Sabemos, sim.
Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe em nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.
Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.
A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única : ninguém tem dúvida sobre si mesmo.
Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz.
E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!