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quarta-feira, 3 de junho de 2009

O tempo não pára!


Desastres de avião como o do AirBus 330, ocorrido na última segunda-feira, sempre nos fazem parar para pensar no tempo que desperdiçamos sendo quem não queremos ser. Certa vez, entrevistei a psicóloga Carolina Chem, filha e irmã da família de gaúchos que seguia em direção à França. Dizia ela que é comum as pessoas encararem a vida de forma diferente após tratar um câncer, ou passar por alguma perda familiar.

“É meio parecido com o processo que muitos de nós vivem a cada início de ano, quando estabelecemos novas metas e planos. As pessoas sentem na pele que não são eternas, que também a existência tem limites. Assim, repensam atos e, muitas vezes, sentem-se mais livres para ousar”, explicou. Imagino que ela esteja passando por esse dilema.

Seria tão mais fácil se nascêssemos com a informação exata do dia em que deixaremos esse planeta. Assim, os planos poderiam ser mais bem arquitetados. Ou morreríamos de ansiedade anos antes. Como saber?

Deixo aqui registrada a minha solidariedade aos familiares dos 228 passageiros que estavam a bordo do avião da Air France. Um abraço especial aos parentes e amigos do Dr. Roberto Chem, chefe do serviço de cirurgia plástica da Santa Casa de Porto Alegre, com quem tive o prazer de conviver durante os anos em que lá trabalhei. Pessoa de extrema competência e liderança, fundador do primeiro Banco de Pele da América Latina. Que descanse em paz!

2 comentários:

  1. Este desastre envolvendo um avião tão seguro, um piloto com milhares de horas de vôo e passageiros ilustres pode nos trazer uma série de reflexões.
    Não era para acontecer? Ou era, segundo algumas crenças religiosas? Foi uma sucessão de erros envolvendo problemas técnicos de manutenção da aeronave ou o destino e (ou) a vontade de Deus? Eu vi uma pessoa na televisão dizendo q Deus a tinha salvo por ter perdido aquele vôo. Outro rapaz disse o mesmo pelo passaporte vencido e percebido na hora do check in. Este cara deve ter ficado furioso na hora que foi impedido de embarcar. agora está só sorrisos, como o jornal nacional mostrou. Claro, ele se livrou da tragédia e foi "abençoado". Achei de mal gosto a entrevista à estas pessoas, o que piora a sensação dos parentes das vítimas, por terem sido assim "os escolhidos de Deus". Então tá, se é "coisa de Deus", teria sido uma escolha de 228 mortes e no exato ano das comemorações da França no Brazil...Implacável! As pessoas precisam cuidar as palavras nas dores alheias ou quem perder um ente querido assim, vai se achar esquecido por Deus.

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