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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Crônica da mulher solteira


Outro dia, fiz uma super descoberta numa dessas reuniões de amigas solteiras. Conversávamos, como sempre, sobre homens, profissão, homens, academia, divertimento, homens...quando percebi que a grande fantasia feminina hoje é nada menos do que um “marido”. Daqueles bem tradicionais que ajudam a cuidar das crianças, fazem churrasco aos domingos, e precisam ser lembrados de cortar as unhas dos pés. Sim, as unhas dos pés.
Segundo o poeta Carpinejar, o gesto é a maior prova da fidelidade masculina.
-Homem que não se importa em furar as meias, não anda passeando por motéis, defende ele.
Até um dado momento, a conversa seguia num tom quente e ousado. Todas prestávamos atenção na história da amiga que experimentara um negão. Contava ela que saiu para dançar samba. Lá, encontrou o José (vou chamá-lo assim). Algumas de nós nem piscavam, prestando atenção nos detalhes da noite de sexo selvagem da Mariana com o Deus de ébano, como ela prórpia o definiu.
Pelo meio da história, a Greici chegou.
-Desculpem o atraso, é que falta pouco mais de um mês para o meu casamento e estava finalizando algumas questões da festa.
Imediatamente após esse pronunciamento, todas esqueceram das peripécias da Mariana e voltaram seus olhares para a noivinha que acabara de chegar, começando os interrogatórios.
Queriam saber tudo sobre o noivo, sobre a cerimônia, como se conheceram...uma pergunta levava a outra e a conversa invadiu a madrugada.
- Nos conhecemos na internet, confidenciou ela.
- Ai, conta mais. Precisamos nos espelhar em cases de sucesso, dizia uma.
- Eu tenho medo de encontros marcados pel internet, comentava a outra.
Por falar em medo. Quais são os seus?
O Paulo veio com essa outro dia. Diz ele que tem medo de amar. Sua meta agora é dar a volta ao mundo pelo sexo. Quando conhece uma menina, a primeira pergunta não é o nome dela, e sim a nacionalidade.
Questiono: Vale dupla cidadania?
...E os negões que me desculpem, mas a maior fantasia feninina é o casamento.
Hum...e se for um marido negão?


4 comentários:

  1. Vale dupla cidadania, identidade falsa, sem identidade, sem cidadania...só não vale amar! Até pra brincar de amar os dois tem que querer. E, juro, minhas unhas dos pés estão super aparadas. Next, please!

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  2. Eu também conheci meu namorado pela Internet. Com um pouco de, digamos, precaução (ir em locais públicos para conhecer, não ir com toda a sede do mundo ao pote...), isso pode dar certo! Vá conhecer sem muita pretensão, não vá para casar, que pode funcionar! E não vá conhecer no dia seguinte...espere uns dias, fale no msn, ligações...essas coisas...

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  3. Pois então, Vá....Toda crônica tem seu fundo de verdade! O negão, que em minha realidade substituo por aquele cara gostosão que conhecemos por acaso e explosivamente nos apaixonamos de pronto, pode ser maravilhoso...mas não para a vida toda. O famoso "até que a morte nos separe" é muito mais complexo do que beleza e tesão: ele precisa ser regado com muito amor, carinho, paciência e companheirismo. Tesão? desejo? precisa sim. FUNDAMENTAL. Mas um dia cansa, e aquele que ficará ao seu lado, cuidando de você até quando estiver bemmm velhinha, precisa muito mais ser paciente e amoroso do que tesudo cheio de gingado!

    Como diria Rita Lee...Amor é prosa, sexo é poesia!

    Bjoka!

    Greici Vidaletti

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  4. Vá! sempre fui fã das seus textos...
    Crônica da mulher solteira é legal, interessante, engraçado e muito verdadeiro, pois "mulher moderna" no fundo quer marido à moda antiga.

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